Estrutura Espacial da Transmissão de Patógenos e Análise de Risco: Estudo de Caso com Dados da Pandemia de Covid-19
Nome: THIAGO SANTOS SILVA
Data de publicação: 26/11/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ELYSON ÁDAN NUNES CARVALHO | Examinador Externo |
| EVANDRO OTTONI TEATINI SALLES | Presidente |
| JUGURTA ROSA MONTALVÃO FILHO | Coorientador |
| KARIN SATIE KOMATI | Examinador Externo |
| MOISES RENATO NUNES RIBEIRO | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: A transmissão de novos patógenos tende a ter seus primeiros casos em centros populacionais e comerciais, com propagação para regiões marginais conectadas a esses centros, num processo de interiorização das infecções. Modelos que explicam o fenômeno da evolução espaço-temporal dos casos de uma doença podem ajudar na preparação das medidas necessárias para contenção do espalhamento de agentes infecciosos. Em vista disso, este trabalho desenvolve um modelo probabilístico para estimar o tempo de chegada da primeira infecção em cidades periféricas conectadas a polos urbanos já em fase de transmissão comunitária ativa. O modelo integra o crescimento acelerado de casos (comum nas fases iniciais de epidemias) a dados de mobilidade, criando uma estrutura que explica simultaneamente os aspectos temporais e espaciais da disseminação. Seu cerne é uma variável aleatória que estima o atraso da primeira infecção, combinando o crescimento exponencial de casos no polo urbano com o fluxo populacional entre cidades. A distribuição dessa variável é testada por verossimilhança aos dados reais da pandemia recente de COVID-19 de quatro estados brasileiros: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, a variável modelada foi utilizada para propor uma medida de dominância entre cidades em fase de transmissão do patógeno sobre aquelas ainda não infectadas. Os resultados mostram uma estrutura de propagação em que cidades como São Paulo exercem influência dominante não apenas sobre seu próprio estado, mas também sobre regiões vizinhas, enquanto cidades menores apresentam alcance mais limitado. A análise quantitativa dessa dominância pode oferecer um instrumento para identificar rotas prioritárias de vigilância epidemiológica.
